Botafogo no Coração / T.D.A.B.N.C.
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UM POUQUINHO DA HISTORIA DA NOSSA PAIXÃO ......

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Mensagem  Admin Ter Mar 16, 2010 4:10 pm

[b]Nome : Botafogo de Futebol e Regatas
Alcunhas : O Glorioso, Estrela Solitária, Fogão, Alvinegro, Time de General Severiano

Torcedor : Botafoguense ou alvinegro
Mascotes: Manequinho, Pato Donald, Cachorro (Biriba)

Fundação 1 de Julho de 1894 ( Clube de Regatas Botafogo )
12 de agosto de 1904 (105 anos) ( Botafogo Futebol Clube )
Fusão 8 de dezembro de 1942 , passou a chamar-se Botafogo de Futebol e Regatas
Estádio Stadium Rio (Engenhão)
Capacidade 46.953
Presidentes eleitos em trienios

Website Botafogo.com.br
Reconhecido pela Fifa o 12 Clube do Seculo

Uniforme titular : Camisas Listradas verticalmente em Preto e Branco , numeros Brancos e meias cinzas

Uniforme 2 : Camisas Pretas , numeros Brancos e meias Cinzas ou Brancas

Uniforme 3 : Camisas Brancas , numeros pretos e meias cinzas ou Pretas

Resumo : O Botafogo de Futebol e Regatas é um clube socioesportivo brasileiro com sede no bairro homônimo, na cidade do Rio de Janeiro. Suas maiores glórias esportivas vêm principalmente do futebol, mas também do remo, voleibol, basquete, esportes aquáticos e outros mais. Fundado para o remo em 1 de julho de 1894 sob o nome de Club de Regatas Botafogo, fundiu-se com o Botafogo Football Club, outro clube, fundado oficialmente em 12 de agosto de 1904, do mesmo bairro, que levava uma trajetória paralela, em 8 de dezembro de 1942, mesmo dia de homenagem à santa padroeira do clube, Nossa Senhora da Conceição.[1] O Botafogo tem como cores o preto e o branco e seus torcedores são denominados botafoguenses.

Apelidado de o Glorioso pelas goleadas aplicadas no início do século XX, é a equipe de futebol responsável pelo placar mais elástico da história do futebol brasileiro: 24 a 0 sobre o Mangueira. O alvinegro foi muitas vezes base da Seleção Brasileira, e é o recordista de convocações, tendo 97 jogadores chamados no geral e também 46 convocações para Copas do Mundo. Depois de viver um próspero momento logo após sua fundação e ter dominado o futebol carioca no início da década de 1930, viveu seu auge nas décadas de 1950 e 1960. Detém o recorde de maior sequência invicta do futebol nacional: 52 partidas sem derrotas entre 1977 e 1978. Após ter vencido a Copa Conmebol (precursora da atual Copa Sul-Americana) de 1993 e o Campeonato Brasileiro de 1995, foi eleito pela FIFA o 12° maior clube de futebol do século XX. Disputou a Série B em 2002 e retornou à Série A no ano seguinte, o Botafogo sagrou-se a única entidade esportiva brasileira campeã em três séculos distintos, XIX, XX e XXI ao vencer o Campeonato Carioca de Futebol em 2006. O Fogão também é o único clube campeão de terra, mar e ar em um mesmo ano. Venceu, entre outras competições, os estaduais de futebol, remo e aeromodelismo em 1962. O time serviu de inspiração para a fundação de outros clubes homônimos, como por exemplo o Botafogo da Paraíba, o Botafogo de Brasília, o Botafogo de Cabo Verde, na África, entre outros. O time já jogou em mais de 100 cidades pelo mundo todo, nos cinco continentes.[2]

É conhecido pela estrela de cinco pontas em seus distintivos, que lhe dá a alcunha de Estrela Solitária. Por ser um dos clubes mais tradicionais do Brasil, o Botafogo possui até um dia comemorativo no calendário estadual,[3] 16 de maio.



Titulos : No Futebol

Troféu do Campeonato Brasileiro de 1995.Ver página anexa: Anexo:Títulos do Botafogo de Futebol e Regatas para ver outros esportes e categorias
[editar] Continentais
Copa Conmebol: 1993
[editar] Nacionais
Campeonato Brasileiro: 1995.
Taça Brasil: 1968.
[editar] Regionais
Torneio Rio-São Paulo: 4 vezes — 1962, 1964¹, 1966² e 1998.
Copa dos Campeões Estaduais Rio-São Paulo: 1931.
(¹): dividido com o Santos;
(²): dividido com o Santos, o Corinthians e o Vasco.

[editar] Estaduais

Sala de Troféus do clube. Campeonato Carioca: 18 vezes — 1907¹, 1910, 1912, 1930, 1932/1933/1934/1935, 1948, 1957, 1961/1962, 1967/1968, 1989*/1990, 1997 e 2006;
Torneio João Teixeira de Carvalho: 1958*;
Taça Guanabara: 6 vezes — 1967/1968*, 1997*, 2006, 2009/2010.
Taça Rio: 4 vezes — 1989*, 1997*, 2007/2008;
Taça Augusto Pereira da Mota: 1975;
Taça José Vander Rodrigues Mendes: 1976;
Torneio Início: 8 vezes — 1934, 1938, 1947, 1961/1962/1963, 1967 e 1977;
Torneio Municipal: 1951;
Taça Cidade Maravilhosa: 1996*.
* Invicto;


Observação ¹: Dividido com o Fluminense;
Observação ²: A Taça Augusto Pereira da Mota e a Taça José Vander Rodrigues Mendes eram equivalente ao segundo turno do Campeonato Carioca.
[editar] Outros
[editar] Internacionais
1 Torneio Internacional da Colômbia: 1960*;
1 Torneio Pentagonal do México: 1962;
1 Torneio Internacional de Paris: 1963*;
1 Torneio Jubileu de Ouro da Associação de Futebol de La Paz: 1964*;
1 Panamaribo Cup: 1964*;
1 Torneio Íbero-Americano (Quadrangular de Buenos Aires): 1964;
1 Copa Carranza de Buenos Aires: 1966*;
1 Taça Círculo de Periódicos Esportivos: 1966;
3 Torneio de Caracas: 1967*, 1968*, 1970*;
1 Torneio Hexagonal do México: 1968*;
1 Torneio de Genebra: 1984*;
1 Torneio de Berna (Philips Cup): 1985*;
1 Torneio Pentagonal da Costa Rica: 1986* ;
1 Taça Cidade Palma de Mallorca: 1988*;
1 Torneio da Amizade de Veracruz: 1990*;
1 Torneio Internacional Triangular Eduardo Paes: 1994*;
1 Troféu Teresa Herrera: 1996*;
1 Copa Nippon Ham: 1996*;
1 III Torneio Pres. da Rússia (President of Alaniya Cup): 1996*;
1 Copa Peregrino: 2008*.
* Invicto.

[editar] Nacionais
1 Torneio Triangular de Porto Alegre: 1951*
1 Torneio Quadrangular Interestadual: 1954* ;
1 Torneio Quadrangular de Belo Horizonte (Governador Magalhães Pinto): 1964*;
1 Torneio Quadrangular de Teresina: 1966;
1 Torneio Independência do Brasil (Brasília): 1974*;
1 Torneio Ministro Ney Braga (Belém): 1976;
1 Torneio 23º Aniversário de Brasília: 1983*;
1 Torneio da Capital da Copa Rio: 1995;
1 Copa Rio-Brasília: 1996*.
* Invicto.

[editar] Não-profissionais
1 Taça Caxambu: 1906;
5 Campeonato Carioca de Segundos Quadros: 1907, 1909/1910, 1915, 1922;
1 Torneio Início Amador: 1944;
3 Campeonato Carioca Amador: 1942/1943/1944;
5 Campeonato Carioca de Aspirantes: 1944/1945, 1958/1959, 1965;
5 Campeonato Carioca de Terceiros Quadros: 1915/1916,1920, 1928, 1931;
1 Troféu Fernando Loreti de Aspirantes: 1943.
Observação: A Taça Caxambu era equivalente ao Campeonato Carioca de Segundos Quadros.

Localização do Botafogo no mapa da América do Sul.Em 1891, sob a liderança de Luiz Caldas, foi fundado o Grupo de Regatas Botafogo. O grupo de remo ganhou esse nome em homenagem a enseada do bairro onde competiam seus barcos. Esta associação contava em sua gênese com a participação de membros vindos do Clube Guanabarense, criado em 1874.[4]

No contexto da Revolta da Armada, dois líderes revolucionários, o almirante Custódio de Melo e o comandante Guilherme Frederico de Lorena, tinham, respectivamente, dois filhos como sócios do grupo, João Carlos de Melo (John) e Frederico Lorena (Fritz). Esta ligação dos jovens com o grupo levantou suspeitas do governo sob o Botafogo, que foi obrigado a interromper suas atividades. Por conta da perseguição, John e Fritz deixaram o Rio de Janeiro e Luiz Caldas foi preso.

Pouco tempo depois, Luiz Caldas viria a falecer ao final de junho de 1894. Então, os sócios restantes do Grupo de Regatas Botafogo reuniram-se para regulamentar a criação do clube. Com quarenta sócios, em 1 de julho de 1894 era fundado o Club de Regatas Botafogo.

Criação do clube

Local no Estado do Rio de Janeiro.
Primeira sede do Club de Regatas Botafogo.A sede do clube era em um casarão, atualmente demolido, no sul da praia de Botafogo, encostado ao Morro do Pasmado, onde hoje termina a avenida Pasteur. Os fundadores do Club de Regatas Botafogo foram Alberto Lisboa da Cunha, Arnaldo Pereira Braga, Arthur Galvão, Augusto Martins, Carlos de Souza Freire, Eduardo Fonseca, Frederico Lorena, Henrique Jacutinga, João Penaforte, José Maria Dias Braga, Julio Kreisler, Julio Ribas Junior, Luiz Fonseca Quintanilha Jordão, Oscar Lisboa da Cunha e Paulo Ernesto de Azevedo.

A embarcação botafoguense Diva tornou-se uma lenda nas águas da Baía de Guanabara, tendo vencido todas as 22 regatas que disputou, sagrando-se campeão carioca de 1899. Apesar da larga tradição no esporte, o Club de Regatas Botafogo só foi esta vez campeão carioca de remo (os outros títulos estaduais vieram após a fusão).

O Club de Regatas Botafogo foi o primeiro clube carioca campeão brasileiro de alguma modalidade esportiva: de remo, em campeonato realizado no Rio de Janeiro em outubro de 1902, com a vitória do atleta Antônio Mendes de Oliveira Castro, que anos mais tarde viria a se tornar presidente do clube.

Na primeira regata disputada pelo recém-fundado Clube de Regatas do Flamengo, os remadores deste bateram em uma boia de sinalização e adernaram, tendo sido salvos por uma guarnição do Botafogo, que rebocou o barco rubro-negro até a linha de chegada.[5]

Uma curiosidade na história do Club de Regatas é que seus atletas já haviam se arriscado a praticar o futebol. Isto aconteceu em 25 de outubro de 1903, antes da fundação do Botafogo Football Club. Os remadores botafoguenses reuniram-se com os colegas de esporte do Flamengo para a disputa de um amistoso. O time do Botafogo, formado por W. Schuback, C. Freire e Oscar Cox; A. Shorts, M. Rocha e R. Rocha; G. Masset, F. Frias Júnior, Horácio Costa Santos, N. Hime e H. Chaves Júnior, goleou o Flamengo por 5 a 1 no campo do Paissandu. Alguns dos atletas do Botafogo integravam o time de futebol do recém-fundado Fluminense.

[editar] Botafogo Football Club
[editar] A fundação

Vista aérea atual do bairro de Botafogo.O bairro de Botafogo foi o local onde se fundou para o futebol o Electro Club, primeiro nome dado ao Botafogo Football Club. A ideia surgiu a partir de Flávio Ramos e Emmanuel Sodré que estudavam juntos no Colégio Alfredo Gomes. Durante uma aula cansativa de álgebra ministrada pelo general Júlio Noronha, um bilhete passado por Flávio a Emmanuel dizia: "O Itamar tem um clube de football na rua Martins Ferreira. Vamos fundar outro no Largo dos Leões? Podemos falar aos Werneck, ao Arthur César, ao Vicente e ao Jacques".

Emmanuel aguardou o fim da aula para expressar seu entusiasmo. Os meninos, que residiam no bairro de Botafogo, próximo ao Largo dos Leões, logo convenceram outros colegas de que não surgiria opção melhor para preencher o vazio daqueles dias de começo de século XX no Rio de Janeiro, em que eram raras as atrações para os adolescentes. Na tarde de sexta-feira, 12 de agosto de 1904, Flávio, Emmanuel e alguns amigos, todos com idades entre catorze e quinze anos, reuniram-se em um velho casarão localizado nas esquinas da rua Humaitá com o Largo dos Leões para oficializar a fundação do clube.


Time do Botafogo em 1906.Electro Club foi o primeiro nome dado ao Botafogo, já que os meninos decidiram cobrar mensalidade e acharam um talão de um extinto grêmio de pedestrianismo com esse nome, que resolveram então adotar.

O uniforme de listras verticais em preto e o branco também foi aclamado por unanimidade. A sugestão partiu de Itamar Tavares. Ele estudara na Itália, onde torcia para a Juventus, criada em 1897 e que, hoje, é um dos clubes mais populares da Europa. A primeira diretoria do Electro, que não teve ata de fundação, era composta por Flávio da Silva Ramos (presidente), Octávio Werneck (vice-presidente), Jacques Raymundo Ferreira da Silva (secretário) e Álvaro Werneck (tesoureiro). Flávio e Emmanuel não gostariam de ver o clube tomar o destino de tantos outros, que desapareceram sem deixar vestígio. Logo, procuraram gente com mais idade e mais experiência para administrá-lo, como Alfredo Guedes de Mello e Alfredo Chaves.

O nome Electro Club permanceu apenas até o dia 18 de setembro. Neste dia, foi realizada outra reunião na casa de Dona Chiquitota, a avó do Flávio, que se assustou ao saber o nome do clube: "Afinal, qual é o nome deste clube?", perguntou. "Electro", respondeu Flávio, que então resolveu seguir o conselho de sua avó:

"Meu Deus. Que falta de imaginação! Ora, morando onde vocês moram, o clube só pode se chamar Botafogo."
—Francisca Teixeira de Oliveira, a Dona Chiquitota.

E assim foi feito, o Electro passou a se chamar Botafogo Football Club. Neste mesmo dia, tomou posse a nova diretoria, composta por Alfredo Guedes de Mello (presidente), Itamar Tavares (vice-presidente), Mário Figueiredo (secretário) e Alfredo Chaves (tesoureiro). Os primeiros treinos aconteceram no Largo dos Leões, e as palmeiras imperiais serviram de balizas. Assim, nascia o Botafogo Football Club. Seus fundadores: Álvaro Cordeiro da Rocha Werneck, Arthur César de Andrade, Augusto Paranhos Fontenelle, Basílio Vianna Junior, Carlos Bastos Neto, Emmanuel de Almeida Sodré, Eurico Parga Viveiros de Castro, Flávio da Silva Ramos, Jacques Raymundo Ferreira da Silva, Lourival Camargo da Costa, Octávio Cordeiro da Rocha Werneck e Vicente Licínio Cardoso.


O time que venceu o Campeonato Carioca de 1907.O primeiro amistoso ocorreu no dia 2 de Outubro de 1904, contra o Football and Athletic Club, na Tijuca: derrota por 3 a 0. O time que entrou em campo usava o esquema 2-3-5 e era composto por: Flávio Ramos; Victor Faria e João Leal; Basílio Vianna, Octávio Werneck e Adhemaro de Lamare; Normann Hime, Ithamar Tavares, Álvaro Soares, Ricardo Rego e Carlos Bittencourt. A primeira vitória viria no segundo jogo, em 21 de maio de 1905, sobre o Petropolitano, 1 a 0, gol de Flávio Ramos.

Ainda neste ano, foi criado o Carioca Futebol Clube no bairro de Botafogo. Este clube era destinado a ensinar às crianças as bases do futebol, sendo a primeira escolinha do esporte no Brasil. A escolinha foi desativada em 1908 e absorvida pelo Botafogo Football Club, que buscou nos jogadores do Carioca a intenção de fundar a seu próprio time infantil.[6]

O Glorioso

Botafogo campeão de 1910.
Time campeão em 1912.Em 1906, o Botafogo venceu seu primeiro título, a Taça Caxambu, o primeiro torneio do futebol do Rio de Janeiro, disputado pelas equipes de segundo-quadro. O time participou ainda do primeiro Campeonato Carioca ficando em quarto lugar. A primeira vitória da equipe no campeonato, por 1 a 0, foi contra o Bangu em 27 de maio.

No ano seguinte, terminou empatado o Carioca em pontos com o Fluminense numa grande polêmica só resolvida nove décadas depois. O Botafogo teria de enfrentar o Internacional, lanterna da competição, na última rodada. Porém, o Internacional, que também não tinha enfrentado o Fluminense, não compareceu ao jogo. O Botafogo venceu o jogo por W.O., mas não teve gols acrescentados na tabela. Enquanto isso, o Fluminense venceu o Paissandu por 2 a 0 e empatou na classificação final do campeonato com o alvinegro. Como tinha saldo melhor, o Fluminense reivindicou o título. Prejudicado por não ter a oportunidade de marcar gols na última partida, o Botafogo pedia um jogo extra, maneira considerada pelos diretores alvinegros justa de decidir a disputa, o que não foi aceito. O regulamento da competição não especificava nenhum critério de desempate além do número de pontos. Os dois clubes não chegaram a um acordo sobre como decidir o campeonato.[7] A Liga não conseguiu encontrar uma solução e se dissolveu, ficando o campeonato sem um campeão até 1996, quando Eduardo Viana, presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, decidiu dividir o título de 1907 entre ambos os clubes.

Em 1910, o Botafogo consagrar-se-ia definitivamente. Ao vencer o Campeonato Carioca de 1910, o time realizou uma campanha marcada por sete goleadas aplicadas sobre os adversários na competição, fato este que lhe rendeu o apelido de O Glorioso. O alvinegro, que naquele campeonato marcara 66 gols, já demonstrava aptidão para marcar várias vezes anteriormente. No ano anterior, aplicou 24 a 0 sobre o Sport Club Mangueira (até hoje a maior goleada da história do futebol brasileiro em jogos oficiais). Nesta mesma época de transição de décadas, o Botafogo ainda fez 15 a 1 sobre o Riachuelo, 13 a 0 e 11 a 0 no Haddock Lobo, 9 a 0 contra o Internacional, entre outras goleadas mais.


Antigo Estádio da Rua Voluntários da Pátria.Em 1911, o clube desligou-se da Liga Metropolitana de Sports Athleticos após uma confusão num jogo contra o América. O incidente foi iniciado quando o jogador do time rubro Gabriel de Carvalho fez falta violenta em Flávio Ramos, que revidou, originando uma briga generalizada. Insatisfeita com as punições que foram impostas aos jogadores alvinegros envolvidos na briga (Adhemaro e Abelardo de Lamare receberam seis e doze meses de suspensão respectivamente), a diretoria solicitou o desligamento do próprio clube da LMSA e, em seguida, passou uma longa fase realizando apenas amistosos contra equipes paulistas. No final do mesmo ano, o Botafogo perdeu a sua sede na rua Voluntários da Pátria, onde realizava seus jogos. Teve de disputar o campeonato de 1912, organizado pela Associação de Football do Rio de Janeiro, em um modesto campo na rua São Clemente. Nesta competição, o alvinegro sagrou-se campeão.

Em 1913, o Botafogo retornou à Liga Metropolitana de Sports Athleticos. E, em 1915, voltou à liga municipal renovado com a concessão do terreno da rua General Severiano pela prefeitura em 1912.

[editar] Entressafra alvinegra

Partida de inauguração do Estádio de General Severiano, em 1913.A fase entre 1912 e 1930 pode ser considerada como o primeiro período de jejum de títulos do Botafogo. Todavia, foram conquistados dois Campeonatos Cariocas de Segundos Quadros, em 1915 e 1922. O clube ainda foi vice-campeão carioca por quatro vezes, 1913, 1914, 1916 e 1918, e fez vários artilheiros do torneio até 1920, entre eles Mimi Sodré, Aluízio Pinto, Luiz Menezes e Arlindo Pacheco.


Jogadores em 1913.Nesta época, o Botafogo contribuiu para a criação de um termo bastante comum nos dias atuais do esporte brasileiro: cartola.[8] Em 1917, os dirigentes do Botafogo trajaram-se de fraque e cartola para receber o time uruguaio do Dublin FC no gramado. A intenção era imitar os políticos da República Velha, mas o resultado acabou sendo o nome, adotado pela imprensa, de carlota dirigentes esportivos.

Antes de ser formado time do início da década de 1930, o Botafogo, nos anos 1920, obteve como melhor resultado um terceiro lugar no Campeonato Carioca de 1928. De resto, foram cinco quartas colocações e outras classificações mais inferiores. Em 1923, o time quase foi rebaixado, ficou em 8° lugar (último) no Carioca. Teve de disputar um partida eliminatória, para não cair, contra o Vila Isabel, vencida por 3 a 1.

Este período também foi marcado por um série de problemas internos na cúpula do clube. Tanto que o atacante Nilo, que viria a ser um dos destaques do time de 30, foi para o Fluminense devido a problemas com a diretoria. Só retornou ao alvinegro em 1927, para ser o artilheiro do Carioca do mesmo ano.

[editar] Geração de 30: o Tetracampeonato

Time campeão estadual em 1930.
Carvalho Leite em campo.Na década de 1930, liderado pelos atacantes Nilo e Carvalho Leite, entre outros craques, o Botafogo conquistou o Carioca de 1930 e o inédito tetracampeonato em 1932, 1933, 1934 e 1935. Nesta época, o campeonato do Rio de Janeiro era dividido em duas ligas, a profissional e a amadora, homologada pela CBD e pela FIFA e que o Botafogo participava. Em 1931, problemas internos envolvendo diretores e futebolistas atrapalharam o time durante a campanha. Nessa mesma era, nove jogadores do Botafogo foram convocados para a Copa do Mundo de 1934 na Itália: Carvalho Leite, Waldyr, Áttila, Canalli, Ariel, Martim Silveira, Octacílio e os goleiros Germano e Pedrosa. Durante a campanha dos cinco títulos o clube realizou 113 jogos, vencendo 75, empatando 22 e perdendo 16. Marcou 320 gols (sendo 79 marcados por Carvalho Leite) e sofreu 176. Leônidas da Silva, ídolo do Flamengo, atuou antes pelo alvinegro na conquista de 1935 e chegou a estrear pelo time em 1936, entretanto, logo foi negociado com o rival rubro-negro. No mesmo ano, o clube realizou sua primeira excursão ao exterior: foi jogar no México e nos Estados Unidos.[9] Em nove partidas, venceu seis.

O ano de 1938 foi o qual o Botafogo reinaugurou seu estádio em General Severiano com novas arquibancadas de cimento. No Campeonato Carioca e no Torneio Municipal, o clube ficou em terceiro lugar. Cedera, durante as competições, cinco jogadores para a disputa da Copa da França. No ano seguinte, surgiu no clube o craque Heleno de Freitas, que viria a substituir o ídolo Carvalho Leite. Durante os oito anos seguintes, Heleno foi o maior ídolo do clube e, por conseguinte, o primeiro craque do recém-criado Botafogo de Futebol e Regatas.

[editar] Botafogo de Futebol e Regatas
[editar] A fusão
O Botafogo de Futebol e Regatas nasceu oficialmente no dia 8 de dezembro de 1942, resultado da fusão dos dois clubes de mesmo nome: o Club de Regatas Botafogo e o Botafogo Football Club. Os dois clubes tinham suas sedes no bairro de Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro. A fusão já era estudada desde 1931, mas durante muitos anos foi combatida porque gente ligada aos dois clubes, como o historiador Antônio Mendes de Oliveira Castro, do remo, e João Saldanha, do futebol, garantiam que o Regatas estava "infiltrado de torcedores do Fluminense", que, dos cinco grandes clubes da cidade, é um dos dois (junto com o América) que nunca tiveram um departamento ligado a esse esporte.

A união foi apressada por uma tragédia: no dia 11 de junho de 1942, os dois clubes, que também tinham atividades em outros esportes, disputavam uma partida de basquete pelo Campeonato Carioca, no Mourisco Mar, sede do Club de Regatas Botafogo. Nesse dia, o jogador Armando Albano, do Football Club, chegou atrasado ao jogo que já havia começado, entrando com o jogo em andamento. Durante o intervalo, Armando Albano abaixou-se para pegar uma bola e caiu desfalecido. Os médicos correram, fizeram todos os atendimentos possíveis, mas o jogador havia sido fulminado por um infarto.

Depois de confirmada a morte do jogador, a partida foi interrompida faltando dez minutos para o final, quando o placar marcava 21 pontos para Club de Regatas e 23 para Football Club. O corpo de Albano saiu da sede de General Severiano e, quando passava em frente ao Mourisco Mar, houve uma parada. Os presidentes dos clubes fizeram um pronunciamento:[10]

"E comunico nesta hora a Albano que a sua última partida resultou numa nítida vitória. O tempo que resta do jogo interrompido, os nossos jogadores não disputarão mais. Todos nós queremos que o jovem lutador desaparecido parta para a grande noite como um vitorioso. E é assim que o saudamos."
—Augusto Frederico Schmidt, presidente do Club de Regatas Botafogo.

"Nas disputas entre os nossos clubes só pode haver um vencedor: o Botafogo!"
—Eduardo Góes Trindade, presidente do Botafogo Football Club.

"O que mais é preciso para que os nossos dois clubes sejam um só?"
—Augusto Frederico Schmidt, selando a fusão.

A partir dessa data, começou o procedimento para a fusão dos clubes, nascendo o Botafogo de Futebol e Regatas. Com a fusão foram feitas algumas alterações: a bandeira perdeu o escudo com letras entrelaçadas do B.F.C., e ganhou um retângulo preto com a Estrela Solitária branca, do Club de Regatas, ao alto. O escudo incorpora ao distintivo a Estrela Solitária branca, num fundo preto com contorno branco, no lugar das letras entrelaçadas. Além disso, a equipe de futebol passou a usar calções pretos.

Retomada de títulos
Fundado o Botafogo atual em 1942, apesar dos craques que desfilaram com a sua camisa, como Gérson dos Santos, Zezé Procópio, Sarno, Tovar e Heleno de Freitas, o alvinegro só conseguiu reconquistar o título carioca em 1948. Curiosamente, no ano em que Heleno, o principal artilheiro do time então, havia sido vendido para o argentino Boca Juniors.

Após quatro vice-campeonatos seguidos nos anos de 1944, 1945, 1946 e 1947, em 1948, foi conquistado o primeiro título no futebol sob o novo nome. Aquele campeonato traria ainda uma novidade: era a primeira vez que o clube utilizaria numeração nas camisas de seus uniforme. O Botafogo estreou no campeonato perdendo por 4 a 0 para o São Cristóvão. Ao fim de jogo, o presidente Carlito Rocha garantiu que o time não perderia mais e que seria o campeão. O clube havia acabado de efetivar o ex-centro-médio Zezé Moreira como técnico para tentar acabar com a série de 12 anos sem o título. Mas, guiado pelos gols de Octávio de Moraes e de Sylvio Pirillo, pela fé e superstição de Carlito Rocha e por Biriba, um cãozinho preto e branco adotado como mascote, o time obteve 17 vitórias e dois empates nos outros 19 jogos. Resultado: ganhou o título, derrotando na final o apelidado Expresso da Vitória do Vasco. A decisão foi em General Severiano, no dia 12 de dezembro de 1948, e o Botafogo venceu por 3 a 1.[11] O Botafogo jogou com Osvaldo Baliza, Gérson dos Santos e Nílton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, Pirillo, Octávio e Braguinha. Foi o primeiro título de Nílton Santos, que logo se transformaria em lenda do futebol brasileiro.

Em 1951, o time preto e branco triunfou pela primeira vez no Torneio Municipal, justamente na última edição da competição.

Época de ouro

Busto de Garrincha, estátua no Maracanã.
Estátua de Nílton Santos, localizada no Stadium Rio.Nas décadas de 1950 e 1960,[12] o Botafogo viveu um dos seus períodos mais áureos, tendo contado com a participação de craques como Garrincha, Nilton Santos (melhores de todos os tempos em suas posições de acordo com a FIFA), Didi, Zagallo, Amarildo, Quarentinha, Manga, entre outros.[13] O time notabilivaza-se também pelas muitas excursões que fazia pelo exterior, disputando competições extra-oficiais e amistosos, grande parte na América e na Europa.

Em 1957, o alvinegro venceu o Campeonato Carioca ao derrotar na final o Fluminense por 6 a 2, tendo Paulinho Valentim marcado 5 gols na maior goleada da história das finais da competição.[14] No ano seguinte, o Botafogo cedeu para a Seleção Brasileira, que seria Campeã do Mundo pela primeira vez, seus principais jogadores Garrincha, Nílton Santos e Didi.[15] Novas vitórias vieram no Carioca de 1961 e 1962 e no Torneio Rio-São Paulo também deste último ano. Ainda em 1962, na Copa do Mundo realizada no Chile, novamente, o time da Estrela Solitária ajudou fundamentalmente a Seleção Brasileira que conquistaria o bicampeonato com cinco titulares, Garrincha, Nilton Santos, Didi, que após a Copa foi negociado com o Real Madrid, Zagallo e Amarildo.[16]

Em 1963, decidiu com o Santos, maior rival a nível nacional da época,[17] a Taça Brasil de 1962 que se prolongou até aquele ano. Derrotado no primeiro jogo no Pacaembu por 4 a 3, venceu o segundo no Maracanã por 3 a 1. Um terceiro jogo teve de ser realizado para decidir o campeão. E, numa noite inspirada de Pelé, o time paulista aplicou 5 a 0, em pleno Maracanã, no Botafogo.[18] As duas equipes ainda disputaram a Taça Libertadores da América de 1963, o Santos por ter sido o campeão da edição anterior entraria apenas na semifinal. Justamente nessa fase, ocorreu o encontro com o Botafogo, que até então mantinha-se invicto (primeira vez em que uma equipe chegava a esta etapa do torneio sem derrotas). Entretanto, o alvinegro carioca acabou sendo eliminado. Porém, a oportunidade da revanche viria no Torneio Rio-São Paulo de 1964. Os dois times chegaram à decisão, e, no primeiro jogo, o Botafogo derrotou o rival por 3 a 2 no Maracanã. Todavia, não foi realizado o segundo jogo da final por falta de datas, uma vez que ambas as equipes foram excursionar. Como resultado, houve a divisão do título entre as duas equipes.[19]

O Botafogo venceu, pela terceira vez, o Rio-São Paulo em 1966,[20] porém outra vez com divisão de título. Devido aos treinamentos para a Copa do Mundo daquele ano que envolveram mais de quarenta atletas, o clubes que deveriam disputar o quadrangular final, Botafogo, Santos, Vasco e Corinthians, foram declarados campeões, mesmo desejando utilizar alguns jogadores reservas.

Em 1967 e 1968, o alvinegro triunfou duplamente na Taça Guanabara, que era um torneio independente até então, e no Campeonato Carioca, além ter sido o primeiro clube carioca campeão nacional, com a conquista da Taça Brasil de 1968. Em seu plantel, atuavam craques como Jairzinho, Gérson, Paulo Cézar Caju, Rogério, Roberto Miranda, o zagueiro Leônidas e Carlos Roberto. No ano seguinte, o clube boicotou a Libertadores sob o pretexto de ser contra a violência aplicada pelos outros times. Não só o Botafogo, mas outras equipes brasileiras foram solidárias e não disputaram o torneio daquele ano.

[editar] 21 anos de drama
Entre 1968 e 1989, o Botafogo não conquistou nenhum título oficial. Desde a Taça Brasil de 1968 (cuja final realizou-se em 1969) o clube não soube aproveitar as oportunidades que teve. Neste período de tempo, o clube da Estrela Solitária pôde colecionar diversas quartas colocações no torneio estadual.

A final do Campeonato Carioca de 1971 foi marcante negativamente para o clube. O Botafogo, que jogava pelo empate, perdeu por 1 a 0 para o Fluminense, com um polêmico gol[21] sofrido aos 42 minutos do segundo tempo validado pelo árbitro José Marçal Filho. No mesmo ano, o Botafogo classificou-se para o triangular final do primeiro Campeonato Brasileiro de Futebol organizado pela CBF, ficando em 3° lugar. Naquela ocasião, o time perdeu para o São Paulo por 4 a 1 no Morumbi e, no último jogo, para o campeão Atlético Mineiro, no Maracanã, por 1 a 0, dois jogos marcados por diversas expulsões de botafoguenses.

No ano seguinte, mesmo fazendo mais pontos que o campeão, foi vice do Brasileiro, perdendo a final para o Palmeiras com um empate de 0 a 0. Neste Campeonato Brasileiro, o time aplicou 6 a 0 no rival Flamengo no dia de seu aniversário, 15 de Novembro. Em 1973, na Copa Libertadores, liderou seu grupo, de uruguaios e brasileiros, na primeira fase, empatando no final com o Palmeiras. Venceu o jogo-extra por 2 a 1 contra a equipe paulista e, assim, classificou-se para um dos grupos da semifinal. Porém, não voltou a ter a mesma sorte, sendo desclassificado neste triangular pelo paraguaio Cerro Porteño e pelo chileno Colo Colo, que viria a ser o vice-campeão.

Anos mais tarde, foi vendo a qualidade de seu plantel ir se deteriorando ano a ano. O Botafogo não era mais o celeiro de tantos craques como antes, o número de talentos criados pelas divisões de base clube também foi diminuindo com o tempo. Entretanto, alguns jogadores ainda conseguiram se destacar com a camisa do time nesse período, como Marinho Chagas, Wendell, Dirceu, Mendonça, Nílson Dias, Fischer, Gil, Rodrigues Neto, Paulo Sérgio, Dé, Alemão, Josimar, entre outros. Parte desses jogadores não atuaram juntos, mas foram alguns dos ídolos do Botafogo em uma de suas épocas mais amargas onde as maiores conquistas foram o segundo turno do Estadual (a Taça Augusto Pereira da Mota em 1975 e a Taça José Vander Rodrigues Mendes em 1976).

Logo, o Botafogo viu-se envolvido numa grave crise financeira e, em 1977, teve de vender a sede de General Severiano para pagar dívidas. O clube ficou sem campo até para treinar. Só no dia 12 de agosto de 1977, quando o futebol botafoguense completou 73 anos de idade, conseguiu transferir suas atividades para o subúrbio da cidade, no bairro de Marechal Hermes, onde construiu um outro estádio, inaugurado no ano seguinte. Porém, nesta fase o Botafogo, que chegou a receber o apelido de o Time de Camburão devido à rebeldia extra-campo de alguns de seus jogadores, conseguiu estabelecer dois recordes dentro do futebol do país. É o detentor da maior sequência de invencibilidade da história do futebol brasileiro, 52 partidas, num período de 10 meses (entre 1977 e 1978).[22] Com esta sequência, o clube também conseguiu a maior série invicta do Campeonato Brasileiro, 42 jogos. Nestes dois anos, o alvinegro ficou, respectivamente, em 5° e 8° lugar no torneio nacional. No ano seguinte, no entanto, o Botafogo conseguiu sua pior colocação na história do Brasileirão: 53°. Isto se deve ao fato de o campeonato ter sido disputado por 94 clubes e de sua fórmula prever a eliminação precoce de alguns times. Foram apenas 7 os jogos disputados pela equipe botafoguense.

Já em 1981, o clube voltou a fazer campanha de destaque. Ficou na 4ª colocação do Brasileiro, sendo eliminado numa semifinal com o São Paulo. No primeiro jogo, no Maracanã, o time carioca venceu por 1 a 0. No segundo duelo, no Morumbi, o Botafogo chegou a abrir 2 a 0 frente ao tricolor paulista. Mas, no segundo tempo, o São Paulo virou para 3 a 2, conquistando a vaga para a final. Esta partida foi marcada por algumas confusões, como a volta dos times ao campo atrasada após o intervalo, expulsão e infrações duvidosas interpretadas pelo árbitro Bráulio Zannoto, além de atraso na reposição de bolas por conta dos gandulas.

Até 1989, os melhores resultados obtidos pelo Botafogo foram quatro torneios de verão conquistados no exterior, como o de Palma de Mallorca, na Espanha em 1988. Já o Campeonato Carioca daquele ano foi determinante para a retomada de glórias do clube na década de 1990. Em 21 de Junho de 1989, o Botafogo conseguiu vencer o título estadual, de forma invicta, sobre o Flamengo, que tinha Zico, Bebeto e Leonardo. O primeiro jogo da final encerrou-se empatado em 0 a 0. Já o segundo, e último, teve o placar final de 1 a 0 para o Botafogo, com gol de Maurício.

Este jogo foi marcado por diversas coincidências: o Botafogo não era campeão havia 21 anos. O jogo foi disputado no dia 21. O gol foi marcado aos 12 minutos do segundo tempo (21 ao contrário). O time também utilizou-se de 12 jogadores na partida. A bola do gol foi cruzada por Mazolinha, no vigésimo primeiro cruzamento dado à área pelo time, e chutada por Maurício. Os números das camisas deles eram, respectivamente, 14 e 7, que somados dão 21. A temperatura no estádio do Maracanã marcava 21 °C. Ou seja, tudo levava ao número 21,[23] e para os botafoguenses, bastante supersticiosos, isso foi um sinal de que aquele era o dia em que o time que começara desacreditado sairia campeão invicto.

Anos 1990 e a "Tuliomania"

Torcedores alvinegros em festa no Maracanã.No ano seguinte a um dos títulos mais importantes de sua história, o alvinegro repetiu o triunfo no torneio estadual. Desda vez, numa polêmica final contra o Vasco, sagrando-se Bicampeão Carioca pela terceira vez seguida.

Passados vinte anos, o clube voltou, em 1992, a uma final de Campeonato Brasileiro. Disputou com o rival Flamengo o título nacional daquele ano em duas partidas no Estádio do Maracanã. O primeiro jogo foi marcado em suas vésperas por uma polêmica: o então craque o time Renato Gaúcho fez uma aposta com os jogadores do time adversário em que, caso perdesse, faria um churrasco com eles. O Botafogo foi derrotado no primeiro jogo por 3 a 0 e Renato cumpriu sua aposta. Este fato não foi bem visto pela diretoria alvinegra que afastou o jogador do elenco, e, desta forma, Renato não pôde participar da segunda partida da final. Nesta partida, o Botafogo saiu perdendo, mas bravamente conseguiu empatar em 2 a 2, placar final. O Botafogo sagrava-se vice-campeão e conseguia uma vaga na Copa Conmebol do ano seguinte. Porém, uma tragédia marcaria definitivamente aquela partida: a arquibancada do estádio cedeu e dezenas de pessoas caíram sobre o antigo setor da Geral, matando três torcedores do Flamengo. Por medidas de segurança, nunca mais o Maracanã receberia um público tão grande quanto aquele de 122 mil pagantes.[24]

Em 1993, treinado por Carlos Alberto Torres, o Botafogo conquistou seu primeiro título internacional oficial da história. Ganhou, apesar do time fraco tecnicamente que terminou o Brasileirão em 31° lugar, do uruguaio Peñarol a Copa Conmebol (que atualmente é representada pela Copa Sul-Americana) nos pênaltis. No ano seguinte, habilitado para a disputa Recopa Sul-Americana contra o vencedor da Libertadores de 1993, o alvinegro perdeu para o São Paulo o título, numa partida no Japão, com placar de 3 a 1. Este ano de 1994 ficou marcado ainda pelo regresso do Botafogo à sua sede histórica de General Severiano na administração do presidente Carlos Augusto Montenegro.

Em 1995, o Botafogo conquistou o seu único Campeonato Brasileiro desde que a competição passou a ser organizada pela CBF em 1971. Com uma equipe onde alinhavam o ídolo Túlio Maravilha, Gonçalves, Donizete, Sérgio Manoel, Wilson Gottardo, Wágner, entre outros, treinada por Paulo Autuori, o time bateu o Santos em dois jogos finais bastante polêmicos referentes à arbitragem. Neste ano, graças ao carisma de Túlio, que foi artilheiro dos campeonatos nacionais e estaduais de 1994 e 1995, houve um elevado crescimento de torcedores do clube que não se via há muito tempo.

No ano seguinte, o clube conquistou a Taça Cidade Maravilhosa e, numa excursão internacional, o Botafogo venceu o Troféu Teresa Herrera, na Espanha, a Copa Nippon Ham, em Osaka, no Japão, e o Torneio Pres. da Rússia, vencendo clubes como Juventus, La Coruña, Valencia e Auxerre. Na Libertadores, foi eliminado nas oitavas-de-final pelo Grêmio.

Em 1997, o Botafogo ganhou mais um campeonato estadual do Rio de Janeiro, novamente contra o Vasco, com um gol de Dimba na final vencida por 1 a 0. E, no ano seguinte, conquistou o Torneio Rio-São Paulo pela quarta vez, recorde entre os clubes cariocas, batendo o São Paulo.

O vice-campeonato da Copa do Brasil contra o Juventude em 1999 ficou marcado pelos 101.581 pagantes[25] presentes a final que foram contagiados pela campanha do time de Bebeto na competição. O segundo jogo da final foi a última vez que um dos grandes clubes cariocas colocou, em jogo contra equipes de fora da cidade, mais de 100.000 torcedores no Estádio do Maracanã.

Na virada do século, o clube foi incluído pela FIFA como um dos maiores clubes do século XX[26][27] (o terceiro do Brasil), atrás apenas de clubes como o Real Madrid, Manchester United, Bayern Munique, Barcelona, Santos, Flamengo etc.

[editar] A crise e a Segunda Divisão
Desde o início dos anos 2000, o Botafogo flertou com o rebaixamento no campeonato nacional. Campanhas pífias foram realizadas em 1999, quando o clube escapou graças a pontos conquistados no STJD devido ao "Caso Sandro Hiroshi", 2000, 2001 e na culminação do rebaixamento em 2002. Elencos frágeis, sálarios atrasados, má gestão administrativa, baixa atendência aos estádios, início de movimentos de repressão de torcidas organizadas foram marcas desse período dramático da história do alvinegro.

No Carioca, o clube ficou várias vezes fora das semifinais da Taça Guanabara e Taça Rio no início do década de 2000. A equipe era frequentemente eliminada na primeira fase da competição pelo Americano de Campos, o que criou por parte dos rivais a alcunha de "quinta força" do futebol do Rio de Janeiro.

Para o Campeonato Brasileiro de 2002, a equipe sofreu com saída de vários jogadores do plantel antes do início da competição. O time que nos outros anos era liderado por Rodrigo, Dodô, Alexandre, entre outros, tinha como destaques os zagueiros Sandro e Odvan, o goleiro Carlos Germano, o volante Galeano e os atacantes Ademílson e Lúcio. Treinado a maior parte do campeonato por Ivo Wortmann, a equipe não conseguiu se consolidar e, já sob o comando de Carlos Alberto Torres, que assumiu nos últimos jogos da competição, perdeu para o São Paulo por 1 a 0, com gol de Dill, no Caio Martins.

Ao final daquele ano, terminava a gestão presidencial de Mauro Ney Palmeiro. O substituto era Bebeto de Freitas, ex-atleta e treinador de vôlei, que efetivara Levir Culpi para ser o técnico do alvinegro. O clube estava repleto de dívidas, com jogadores de empresários nas divisões de base, sem um lugar para treinar, sem patrocínios, sem um estádio que suportasse toda a sua torcida e com jogadores pedindo para não atuar mais pelo clube devido aos salários atrasados. O Campeonato Carioca de 2003 foi usado como "laboratório", mas sem sucesso. O time não se classificou para as semifinais, nem da Taça Guanabara, nem da Taça Rio.

O Botafogo iniciou o Campeonato Brasileiro Série B perdendo para o Vila Nova, em Goiás, por 2 a 1. Após um empate em 1 a 1 com o Avaí, a primeira vitória só viria na terceira rodada, fora de casa, contra o CRB, 3 a 0. Com o decorrer da competição o clube chegou a liderar o campeonato por várias rodadas, o que gerou por parte de torcedores rivais a alcunha de "25° colocado", já que, na Série A, 24 equipes disputavam a competição.

Ao final da primeira fase, o time se classificou em segundo lugar para a disputa da segunda fase. Novamente, ficou em segundo lugar, atrás do Marília em seu grupo, classificando-se para o quadrangular final contra Palmeiras, Marília e Sport. Na terceira fase, o Glorioso conseguiu reasceder à Primeira Divisão com uma rodade de antecipação, ao derrotar por 3 a 1 o Marília no reformado Caio Martins. Ao final da competição, ficou colocado como segundo na classificação, atrás do Palmeiras, outro clube que havia caído no ano anterior e retornado para a Séria A. O time base botafoguense durante a competição era: Max, Jorginho Paulista (ou Rodrigo Fernandes), Sandro, Edgar e Daniel; Fernando, Túlio, Valdo e Camacho; Dill (ou Almir) e Leandrão. Os artilheiros da equipe foram Almir com 12 gols e Leandrão com 11. Dill, o mesmo que levou o clube a Segunda Divisão fazendo o gol pelo São Paulo em 2002, fez 8 gols.

O presidente Bebeto de Freitas, durante esse ano de 2003, reestruturou o clube, pagou parte das dívidas, manteve arduamente o salário em dia, assinou com dois patrocinadores: Finta, para confeccionar os uniformes, e a rede de lanchonetes Bob’s, para estampar suas marca nas mangas da camisa e ajudar a construir arquibancadas temporárias no Estádio Caio Martins, e dispensou todos os jogadores de empresários das divisões de base do clube. Também foi criado o Botafogo no Coração, projeto de sócio-torcedor para angariar mais fundos para o clube e identificar seus torcedores.
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UM POUQUINHO DA HISTORIA DA NOSSA PAIXÃO ...... Empty Re: UM POUQUINHO DA HISTORIA DA NOSSA PAIXÃO ......

Mensagem  Admin Ter Mar 16, 2010 4:12 pm

Continuação : De volta à elite

Comemoração do título estadual de 2006, no Maracanã.Na sua volta à elite em 2004, o ano do centenário do futebol do clube, a equipe voltou a fazer uma má campanha no Campeonato Brasileiro e só escapou de um novo rebaixamento na última rodada, ao empatar em 1 a 1 com o Atlético Paranaense, em Curitiba, e graças a uma combinação de resultados. Para celebrar o centenário, foram realizados uma série de eventos comemorativos e, também, um jogo festivo contra o Grêmio, por idealização da Kappa. As duas equipes utilizaram uniformes retrô, embora atuassem com times reservas por estarem disputando o Brasileirão. O jogo terminou com vitória por 4 a 1 do Botafogo, no Estádio Caio Martins.

A partir de 2005, o Botafogo, presidido por BEBETO DE FREITAS , iniciou um processo de estabilização administrativa que se refletia, paulatinamente, em campo. Em 2006, a equipe de futebol profissional encerrou um período de oito anos sem títulos, conquistando suas primeiras taças no século XXI. Venceu a Taça Guanabara e, posteriormente, o Campeonato Carioca, tendo como destaques do time, comandado pelo ex-jogador alvinegro Carlos Roberto, foram Dodô, artilheiro da competição com 9 gols, Lúcio Flávio, Zé Roberto e o capitão Scheidt.


Vista externa do Estádio Olímpico do Botafogo.Ainda em 2006, Cuca assumiria o cargo de técnico. Seu trabalho daria bons frutos no ano seguinte, quando, jogando um futebol moderno que lhe rendeu o apelido de Carrossel Alvinegro, o Botafogo, guiado por Dodô, Zé Roberto, Lúcio Flávio, Jorge Henrique e Túlio, chamava a atenção. Em 2007 venceu a Taça Rio, porém, foi vice-campeão do Carioca nos pênaltis, após dois empates em 2 a 2, contra o Flamengo. Apontado como favorito em todas as competições que disputou, o Botafogo acabou não insurgindo em glórias.[28] Na Copa do Brasil, o time foi eliminado nas semifinais pelo Figueirense, em um polêmico jogo,[29] em que teve dois gols seus anulados pela auxilar Ana Paula Oliveira, que viria a ser afastada do esporte. No Brasileiro, a equipe iniciou a campanha bem e liderou o torneio por 11 rodadas, terminando o primeiro turno na segunda colocação, mas problemas internos geraram uma grande queda de rendimento que fez o alvinegro cair pela tabela, terminando na nona colocação, garantindo, pelo terceiro ano consecutivo, a vaga para a Copa Sul-americana. Pela edição desta copa, a equipe caiu nas oitavas-de-final, para o River Plate.[30]


Botafogo contra Santos em seu estádio, em outubro de 2008.O grande marco de 2007 para o Botafogo, porém, foi a conquista do Estádio Olímpico João Havelange.[31] A concessionária Companhia Botafogo, do clube, arrendou a arena, construída para os Jogos Pan-americanos de 2007, até 2027.

Em 2008, o Botafogo foi campeão internacional da Copa Peregrino em meio a pré-temporada. No entanto, nos torneios oficiais, o alvinegro obteve resultados semelhantes aos do ano anterior. Venceu a Taça Rio frente ao Fluminense, porém, foi vice-campeão Carioca novamente. Na Copa do Brasil, o Botafogo foi eliminado, pela segunda vez seguida, nas semifinais, desta vez sendo derrotado para o Corinthians, nos pênaltis. O Glorioso caiu para outro argentino na Copa Sul-americana, o Estudiantes de La Plata, agora, nas quartas-de-final. Já no Campeonato Brasileiro, após um mal momento inicial, com a contratação de Ney Franco[32] para o cargo de treinador, a equipe subiu de rendimento, chegando a flettar com as posições superiores. Todavia, o Botafogo terminou o ano na 7ª colocação do campeonato nacional.

Maurício Assumpção foi escolhido como presidente do clube em 2009 e, imediatamente, encontrou sérias restrições orçamentárias no decurso de reformulação de elenco. Mas, mesmo desacreditado, o time foi campeão da Taça Guanabara.[33] Na Taça Rio, classificou-se para a final, mas deixou escapar a chance de levantar o troféu do Carioca 2009 antecipadamente ao perder por 1 a 0 para o Flamengo devido a um gol contra de Emerson. Durante o primeiro jogo da finalíssima, sofreu um duro baque ao ver seus dois melhores jogadores, Maicosuel e Reinaldo, lesionarem-se em um mesmo lance e serem substituídos enquanto vencia a partida. O Botafogo acabou sucumbindo pela terceira vez seguida na final para o Flamengo, após dois empates em 2 a 2, de novo, nos pênaltis.

Na Copa do Brasil, o time sofreu uma eliminação precoce, já na 2ª fase da competição, perante ao Americano, nos penaltis, após cada time vencer uma partida por 2 a 1.

No Brasileirão, o começo ruim e o fato de a equipe ter ficado durante todo o primeiro turno na zona de rebaixamento ou próximo a ela, acabou custando o emprego do técnico Ney Franco, que acabou substituído por Estevam Soares.[34] A campanha continuou irregular, mas o alvinegro garantiu-se na Série A de 2010, com uma vitória sobre o Palmeiras na última rodada.[35]

Para a temporada seguinte, o clube trouxe o uruguaio Loco Abreu, cuja contratação animou a torcida.[36] No Estadual, porém, a equipe sofreu, já na terceira rodada da Taça Guanabara, uma pesada goleada no clássico contra o Vasco, o que custou o emprego de Estevam Soares, sendo trocado por Joel Santana.[37] Joel já comandara o time em 1997 e 2000, sendo campeão estadual em sua primeira passagem. Ao chegar ao Botafogo, Joel trabalha a autoestima dos jogadores, e o time vai, aos poucos, subindo de produção. O gol do jovem Caio, contra o Flamengo, pôs o Botafogo na final da Taça Guanabara, que seria conquistada após vitória contra o Vasco, por 2 a 0. [38]. Desta forma, o Botafogo garantiu-se, pela quinta vez seguida, na final do Campeonato Estadual.

[editar] Símbolos
[editar] Estrela Solitária

A Estrela Solitária.A Estrela Solitária, presente no escudo, na bandeira e na flâmula do clube, era originalmente o símbolo máximo do Club de Regatas Botafogo. De cinco pontas, ela era originalmente em um formato diferente que se consagrou. Tinha em cada ponta uma tonalidade, dividindo-as em preto e branco, dando efeito de sombra. Contudo, foi substituída nos primeiros anos pelo famoso modelo da estrela de cinco pontas branca em um fundo preto.

A Estrela Solitária representava a estrela D'alva e foi adotada por ter sido a primeira estrela a aparecer no céu no dia da fundação do clube.[39] Na verdade, anos depois, após pesquisas, foi se descobrir que aquela estrela era o planeta Vênus.

Com a fusão dos dois clubes, a estrela apontada para o Zênite também foi adotada como símbolo do futebol. O Botafogo de Futebol e Regatas recebeu como um dos apelidos o de clube (ou time) da Estrela Solitária, pois ela passava a estar estampada no escudo das camisas, no peito dos jogadores.

[editar] Escudo

Escudo do Botafogo na sede do clube.‎

O Club de Regatas Botafogo não possuía um escudo oficial. Os estatutos especificavam apenas que a Estrela Solitária seria o símbolo maior. Havia, porém, um escudo não-oficial de uso popular. Ele trazia a Estrela Solitária, remos e o monograma do clube. No uniforme, o clube usava um monograma encimado pela Estrela. Em 1919, a Estrela cresceu e o monograma passou a estar dentro dela.[40]

O escudo do Botafogo Football Club foi desenhado a nanquim por um de seus fundadores, Basílio Viana Júnior. Era um escudo no estilo suíço, tendo o seu contorno em preto. Sobre um fundo branco, havia, ao centro, as iniciais do clube: B F C, entrelaçadas, em preto.

Em 1942, com a fusão dos dois clubes, manteve-se o formato do escudo do Botafogo Football Club, com a Estrela Solitária branca, do Club de Regatas, no lugar das letras, em um fundo preto. Além disso, o escudo recebeu dois contornos: de dentro para fora, o primeiro branco e o segundo preto.


As estrelas sob o escudo.[editar] Estrelas
Em 1981, o Botafogo traria uma novidade em seu uniforme: quatro estrelas amarelas estavam acima do escudo do clube. Elas representavam o tetracampeonato carioca do clube nos anos de 1932, 1933, 1934 e 1935. No começo da década de 2000, mais uma estrela foi incluída acima das que já estavam. Desda vez, a quinta estrela era na cor branca e lembrava o título brasileiro de 1995.

Em 2003, todas as cinco estrelas foram retiradas, deixando apenas a Estrela Solitária do escudo, pois o departamento de marketing do clube afirmava que essa é a única estrela que representa o Botafogo.

[editar] Bandeira

Bandeira do Botafogo de Futebol e Regatas no Maracanã.A bandeira do Botafogo de Futebol e Regatas surgiu após a fusão do Botafogo Football Club com o Club de Regatas Botafogo.

O Football Club possuía uma bandeira com faixas horizontais pretas e brancas, com o escudo do clube ao centro. Foi bordada pela primeira vez pelas irmãs do ex-presidente Edwin Elkin Hime Júnior: Ruth, Hilda, May, Leah e Miriam.[41] Já a bandeira do Club de Regatas era branca, com um quadrilátero preto no canto superior esquerdo e a tradicional Estrela Solitária em branco.

Com a fusão, em 1942, permaneceram as faixas horizontais e o quadrilátero preto, com a Estrela Solitária branca no canto superior esquerdo.

O formato oficial da bandeira é de 1,28 metro de largura e 90 centímetros de altura. As listras horizontais têm 10 centímetros de largura cada. São cinco listras pretas e quatro brancas. O retângulo preto, que contém a Estrela Solitária (em branco), mede 56 x 40 cm.

[editar] Camisa 7

Camisa 7 alvinegra.A camisa 7[42] é considerada a mais importante da história do Botafogo.[43] Com ela, no time de General Severiano, atuaram diversos jogadores que se destacaram tanto pelo alvinegro quanto pela Seleção Brasileira de Futebol. O primeiro jogador a utilizá-la foi o ponta Paraguaio em 1948, ano em que foi adotado a numeração das camisas do clube. No final da década seguinte, Garrincha foi o responsável por imortalizá-la definitivamente com seus dribles. Ao deixar o time, o substituto de Garrincha como ídolo com a camisa 7 foi Jairzinho. Anos depois, o Furacão da Copa passaria a usar a 10.

A camisa ainda vestiria inúmeros jogadores que atuavam como atacantes ou meia-de-ligação, como Helinho por exemplo, mas só voltaria a ter destaque decisivo em 1989. Após 21 anos sem vencer o Campeonato Carioca, Maurício, com a camisa 7, fez o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Flamengo que garantiu o título daquele ano para o Glorioso. Em 1995, foi a vez de Túlio Maravilha, que usava a camisa 9 até ser contratado como garoto-propaganda do refrigerante Seven Up (patrocinador do clube naquele ano), fazer sucesso com a camisa, levando o Botafogo à conquista do Brasileirão. Depois de ser usado por alguns jogadores com pouca relevância, Dodô, que anteriormente atuava no próprio Botafogo com a 10, passou a jogar com o mítico número em 2007, sendo artilheiro do Estadual daquele ano.

[editar] Uniforme
Ver artigo principal: Evolução dos uniformes do Botafogo de Futebol e Regatas

Uniformes do CRB, BFC e BFR.O Club de Regatas Botafogo dispunha, inicialmente, de dois uniformes diferentes. O primeiro, com camisetas e calções inteiramente negros, era utilizado para as competições em si. O segundo, com camisa alvinegra listrada na horizontal e calções negros, era utilizado somente nos treinamentos. Posteriormente, o clube passou a utilizar como segundo uniforme o traje inteiramente branco.

Nos primeiros anos, o Botafogo Football Club usava camisas e calções brancos, com meias pretas. O uniforme inteiro era feito na Inglaterra, então a capital mundial do futebol, até em figurinos de material esportivo. Em 1906, para estrear seu novo uniforme, também encomendado na Inglaterra, na fábrica Benetfink & Co., o clube fez um jogo festivo contra o Fluminense. Surgia, pela primeira vez diante dos olhos de seus torcedores, a camisa alvinegra em listras verticais. Só que com botões na frente feita de tecido. Completavam esse uniforme calções brancos e meias pretas. A camisa listrada é uma homenagem a Juventus de Turim, clube pelo qual torcia Itamar Tavares, um dos fundadores do clube. Em junho de 1909, o Botafogo passaria a utilizar-se de uniformes confeccionados em malha. Mas os escudos só estariam presentes a partir de 1913.[44] O Botafogo só adotou os calções pretos como titular pela primeira vez em 1935.


Camisas do Botafogo para a temporada 2007/08 na loja do clube.Com a fusão entre os dois clubes, predominou, no remo, o Botafogo de Futebol e Regatas manteve o uniforme inteiramente negro, e, no futebol, a camisa alvinegra listrada, com golas e calções negros e meiões pretos. Porém, em 1948, o Botafogo voltou a utilizar-se de calções brancos e meiões de mesma cor, fato que durou até 1954.[45] Devido ao suicídio do presidente do Brasil Getúlio Vargas, o Botafogo usou novamente calção e meias negras. Em 1956, atuou rapidamente com os dois equipamentos inferiores em branco novamente. Mas, em 1957, passou a usar meiões na cor cinza, com calção preto. Ao final da década de 1970, o time passou a atuar com meiões brancos, tradição só quebrada em 1993, quando o meião cinza voltou a ser usado. Entre meados de 2003 a maio de 2009, a base de seu uniforme principal do futebol possuia meias pretas, quando o acessório voltou a ser cinza.

O número total de listras da camisa do Botafogo deve ser de sete a nove, conforme o estatuto do clube.[46] Normalmente, a listra central é da cor preta, porém, em algumas opurtunidades, foram utilizadas na cor branca. Detalhes nas mangas e na altura do ombro também são aceitos para facilitar a diversidade ano a ano.

De acordo com o estatuto do clube, o uniforme deve ser nas cores alvinegras. Portanto, suas camisas reservas são predominantemente brancas ou pretas, tal qual são as cores dos calções e das meias. O uniforme de goleiro não precisa seguir o regulamento do clube.

Sede social

Entrada da sede General Severiano.
Ginásio Oscar Zelaya.
Piscinas da sede social.General Severiano é o antigo palacete construído em um terreno cedido pela prefeitura, para ser a sede do Botafogo, em 23 de junho de 1912. Construída como um amplo casarão em estilo eclético pintado de cor salmão, a sede foi inaugurada com um baile de gala para a alta sociedade do Rio de Janeiro. Novas obras da sede social na avenida Venceslau Brás foram iniciadas em 1928. Ficando pronto o casarão definitivamente no ano seguinte, foi inaugurado com mais um baile de gala, em 15 de dezembro de 1928.

Em 1977, quando o clube era presidido por Charles Macedo Borer, a sede foi vendida para a Companhia Vale do Rio Doce. Com a venda da sede, o Botafogo mudou-se para o Mourisco Pasteur, onde ficou de 1977 até 1992, quando foi para o Mourisco Mar e o futebol, para Marechal Hermes. Nesses anos que esteve fora de General Severiano, o futebol e a torcida sentiu a saída da sede e lutou para retornar ao local. Foi no ano de 1992 que o Botafogo conseguiu recuperar a sede, pois ela foi tombada pelo patrimônio histórico, logo não interessava mais à Vale do Rio Doce. Então, o clube fez uma troca com a empresa, voltando para General Severiano e deixando a Vale do Rio Doce estabelecer-se no Mourisco Pasteur.

No período de 1992 a 1994, o Botafogo ficou instalado no Mourisco Mar, enquanto General Severiano passava por uma reforma para receber novamente o clube e seus funcionários. A volta definitiva para General Severiano aconteceu em maio de 1994, sob o comando do presidente Carlos Augusto Montenegro. Parte da área original perdeu-se devido à construção de um shopping center, atualmente chamado Rio Plaza, em parte do antigo terreno e no sub-solo do clube.

Hodiernamente, na sede social do clube, está concentrada a diretoria do Botafogo e toda a parte sua administrativa, além das dependências sociais como piscina, quadras de vôlei, basquete e futsal, onde existem escolinhas de iniciação ao esporte, e também uma loja oficial e o Ginásio Oscar Zelaya.

Estádio

O estádio em 1937.Ver artigo principal: Estádio de General Severiano
Em General Severiano, existia o antigo estádio do clube, o Estádio de General Severiano, que tinha este nome por ter acesso pela rua homônima. O campo foi inaugurado na primeira partida do Carioca de 1913, num jogo contra o Flamengo vencido pelo Botafogo por 1 a 0 no dia 13 de maio daquele ano. Em 1937, iniciaram-se a implantação de arquibancadas de cimento no estádio, obra concluida em 1938 e inaugurada em 28 de agosto do mesmo ano. Na cerimônia realizada antes do primeiro jogo, um mapa do Brasil foi desenhado no centro do gramado com terra originada de cada estado do país. O jogo foi contra o Fluminense e Botafogo venceu por 3 a 2. Contudo, o estádio foi demolido quando o clube perdeu a posse do terreno na década de 1970 e nunca mais foi reconstruído.

CT João Saldanha

Campo do Centro de Treinamentos.Apesar de o campo de futebol da sede de General Severiano não abrigar mais um estádio, em 2004, ano do centenário de seu futebol, foi inaugurado o centro de treinamentos da equipe profissional. No Centro de Treinamento João Saldanha, os atletas do clube dispõem de estrutura necessária para realizar os treinamentos, como sala e piscina para fisioterapia, sala de musculação, quartos para os jogadores e comissão técnica concentrarem-se antes dos jogos e o gramado, que passou a ser destinado para treinamentos apenas. O local conta com uma modesta arquibancada, que é capaz de suportar cerca de quinhentos espectadores.

Endereço: avenida Venceslau Brás n° 72. Botafogo, Rio de Janeiro.

Mourisco Mar

Mourisco Mar.Ver artigo principal: Mourisco Mar
A sede do Mourisco Mar fica situada na praia de Botafogo, onde o clube dispõe de uma piscina semiolímpica para treinamento, aulas e competições de pólo aquático e natação. O local também dispõe de um amplo espaço onde são promovidas festas e eventos, normalmente durante os finais de semana. No período de 1992 a 1994, a administração do clube ficou instalada no Mourisco Mar aguardando o término das obras em General Severiano.

Endereço: avenida Repórter Nestor Moreira, s/n°. Botafogo, Rio de Janeiro.

Marechal Hermes
Ver artigo principal: Estádio Mané Garrincha (Rio de Janeiro)
Em 1977, ao perder sua sede de General Severiano, o Botafogo transeferiu suas atividades futebolísticas para esta sede no bairro de Marechal Hermes, na zona norte do Rio de Janeiro. A mudança aconteceu no dia do aniversário de 73 anos de fundação do Botafogo Football Club, 12 de agosto. O estádio, chamado Mané Garrincha, só foi utilizado oficialmente pela primeira vez em 22 de outubro de 1978, com vitória de 2 a 1 sobre a Portuguesa da Ilha, pelo Campeonato Estadual.

Nos anos 1990, o Botafogo voltou a sua sede tradicional na zona sul da cidade. Atualmente, na sede de Marechal Hermes, localizam-se as divisões de base do futebol alvinegro. As categorias mirim, infantil, juvenil e junior, além de uma escolinha de futebol, ocupam o espaço. No final de cada ano, realiza-se uma grande "peneira" para descobrir novos jogadores para o clube. A estrutura da sede conta com dois campos de futebol, com medidas oficiais, e um alojamento, onde moram alguns jogadores.

Endereço: rua Xavier Curado, n° 1.705. Marechal Hermes, Rio de Janeiro.

Caio Martins
Ver artigo principal: Estádio Caio Martins
O Estádio Caio Martins, localizado na cidade de Niterói, no complexo esportivo de mesmo nome, é o local onde o Botafogo mandou muitos de seus jogos desde a década de 1980 até 2004. O estádio, que pertence ao governo do Estado do Rio de Janeiro, foi construído, originalmente, para ser utilizado pelo Canto do Rio, mas está arrendado pelo Botafogo até a década de 2020.

No início dos anos 2000, seu nome sofreu alteação pela Câmara de Vereadores da cidade, passando de Caio Martins para Mestre Ziza, em homenagem ao ex-jogador niteroiense Zizinho. Entretanto, alteração não foi de agrado da maioria do torcedores alvinegros, já que Zizinho fez sua carreira jogando pelo rival Flamengo. O nome original, que continua sendo o do complexo esportivo administrado pela SUDERJ, homenageia o escoteiro Caio Vianna Martins.

Em 2003, o estádio passou por uma reforma, com o uso de arquibancadas tubulares, que aumentou sua capacidade para 15 mil espectadores. Entretanto, em 2005, a obra foi desfeita pois a diretoria do clube acreditava que o clube estava diminuindo seu prestígio por mandar suas partidas em um estádio de pequeno porte. O local, hodiernamente, recebe escolinhas e alguns jogos das categorias de base do clube, além de ser um dos locais alternativos de treinamento da equipe profissional de futebol. [47]

Endereço: rua Presidente Backer, s/n°. Icaraí, Niterói-RJ.

Stadium Rio
Ver artigo principal: Estádio Olímpico João Havelange

Reinauguração do estádio em 2007.Construído para os Jogos Pan-americanos de 2007, o oficialmente denominado Estádio Olímpico João Havelange, o popular Engenhão, foi arrendado no dia 3 de agosto de 2007 pelo Botafogo ao prazo de vinte anos. O estádio possui capacidade para mais de 45 mil espectadores e é, desde então, o local onde a equipe manda suas partidas. A arena conta ainda com uma pista atletismo dentro dos padrões internacionais e um campo de aquecimento no exterior do estádio, onde há a realização de treinamentos no local.

O Botafogo participou do jogo de abertura do estádio, contra o Fluminense, no dia 30 de junho de 2007, vencendo por 2 a 1. No dia 19 de setembro do mesmo ano, o clube fez seu primeiro jogo como gestor do local, contra o River Plate, em confronto válido pela Copa Sul-Americana 2007, ganhando a partida por 1 a 0. O primeiro título da equipe no estádio foi a Copa Peregrino, que recebeu a última partida internacional alvinegra pelo torneio ocorrido em 2008.

A partir de 2010, o local passa a se chamar Stadium Rio, virando assim alvo de uma série de atos de exploração comercial pelo clube e sua parceira, a Pepira Empreendimentos.

Endereço: rua José dos Reis, s/n°. Engenho de Dentro, Rio de Janeiro-RJ.

Sacopã

Sede náutica do Botafogo na Lagoa Rodrigo de Freitas.Situada na Lagoa Rodrigo de Freitas, a sede do Botafogo de remo, conhecida pelo nome de Sacopã concentra o departamento de regatas do clube. O local é destinado para os treinamentos dos atletas e para a escolinha de remo. O espaço conta com uma grande garagem para os barcos, tanque (piscina) em solo com capacidade para oito remadores - para treinamentos fora d'água - sala de musculação e alongamento, alojamentos e uma pequena oficina.

O clube utiliza como raia para os profissionais a principal da Lagoa Rodrigo de Freitas (a mesma usada pelos rivais). Para a escolinha, a raia é mensurada da sede até a curva da Av. Epitácio Pessoa, próximo a entrada da rua Fonte da Saudade. No mais, os atletas costumam dar voltas pela ciclovia da lagoa fazendo cooper, para desenvolver o potencial atlético.

Endereço: avenida Epitácio Pessoa, n° 1561. Lagoa, Rio de Janeiro-RJ.

Loja Oficial Botafogo

Antiga Fogão Shop do Rio de Janeiro, em 2007.A rede de lojas oficiais do Botafogo foi instituída em 2004, na gestão do presidente Bebeto de Freitas. Denominada Fogão Shop, a rede teve três filiais, sendo a principal na sede do clube, no Rio de Janeiro, à entrada do palacete de General Severiano, e outras duas fora do estado, uma em Brasília e outra em Belém. Além disso, a Fogão Shop também fez-se presente em dias de jogos através de uma van móvel da loja nos estádios.

No entanto, em maio de 2009, o contrato com a empresa terceirizada que comercializava produtos licenciados do alvinegro acabou. Logo, a diretoria capitaneada por Maurício Assumpção firmou acordo com a rede H Sports, que explora a venda de utensílios da marca do clube através da nova Loja Oficial Botafogo. O primeiro estabelecimento foi inaugurado no Estádio Olímpico João Havelange,[48] à época da assinatura do contrato, uma vez que a loja da sede estava em reforma.[49]

Sedes antigas
Antiga sede do Club de Regatas Botafogo
Tratava-se de um casarão no sul da praia de Botafogo, encostado ao Morro do Pasmado, onde hoje termina a Avenida Pasteur, no bairro de Botafogo. O clube de remo lá ficou até 1907, quando a sede foi demolida para dar passagem ao túnel do pasmado.

Sede da Rua Voluntários da Pátria
Antigo local onde o Botafogo Football Club mandava seus jogos no fim dos anos 1900. Inaugurado em 31 de maio de 1908, numa partida vencida por 5 a 0 contra o Riachuelo, localizava-se na rua Voluntários da Pátria, no bairro de Botafogo. Após o desligamento do clube da Liga Metropolitana de Sports Athleticos, o proprietário do terreno decidiu vendê-lo para a prefeitura. Hoje, existe neste local um popular hortomercado chamado Cobal,[50] tombado em 2008 pela prefeitura da cidade.[51]

Campo da Rua São Clemente
Local onde o Botafogo Football Club passou a realizar seus jogos como mandante em 1912, após perder a sede da rua Voluntários da Pátria. Localizava-se na rua São Clemente, no bairro de Botafogo, perto da rua Assunção.

Arena Petrobras
Para o Campeonato Brasileiro de 2005, o Botafogo, em parceria com o Flamengo e a Petrobras, proporcinaram uma reforma temporária no Estádio Luso-Brasileiro, da Portuguesa da Ilha. O estádio, que passou a ter sua capacidade aumentada em seis vezes por meio de arquibancadas tubulares (30 mil espectadores), foi renomeado na ocasião para Arena Petrobras e foi o local onde os dois clubes realizaram seus jogos naquela competição.

Maracanã
Ver artigo principal: Maracanã

Maracanã.Maior estádio do Brasil, o Maracanã foi o palco onde o time de futebol do Botafogo costumava mandar muitos de seus jogos no passado. É administrado, atualmente, pelo Governo do estado do Rio de Janeiro, através da SUDERJ, e foi construído em 1950 para a Copa do Mundo. Com a conquista do Engenhão, o alvinegro disputa nesse estádio apenas alguns clássicos e decisões. No Maracanã, o Botafogo fez muitos de seus jogos entre a década de 1950 e 70, além de partidas entre 2006 e 2007.

Endereço: rua Professor Eurico Rabelo, s/n°. Maracanã, Rio de Janeiro.

Hinos

É comum ouvir a torcida do Botafogo cantar o hino do clube durante as partidas.
Entrada da sede náutica do Botafogo, na Lagoa Rodrigo de Freitas.Hino popular
O hino[52] mais difundindo na mídia e no conhecimento popular, apesar de não ser o oficial, tem a composição de sua letra e música de autoria de Lamartine Babo, datada de 1942. Os versos iniciais "Botafogo, Botafogo campeão desde 1910" estão na cabeça dos torcedores, sendo o hino frequentemente cantando nos jogos do time.

Há também uma polêmica na letra. Como foi composta na década de 1940, seu registro traz "Campeão desde 1910". Contudo, o primeiro título oficial do Botafogo foi o Campeonato Carioca de Futebol de 1907, que, devido a divergências entre Botafogo e Fluminense, só foi oficializado em 1996, sendo o troféu dividido pelos dois clubes. Por esta razão, é comum ouvir torcedores cantando uma versão modificada: "Botafogo, Botafogo campeão desde 1907".

Neste hino, encontra-se também dois dos principais lemas do clube. São eles: "Foste herói em cada jogo" e "Não podes perder, perder pra ninguém".

Hino oficial do futebol
O hino oficial[53] do Botafogo Football Club, que tem letra de Octacílio Gomes e música de Eduardo Souto, não é muito difundido entre a mídia e os torcedores. Isto se deve ao fato de a canção de Lamartine Babo ter sido criada no ano da fusão dos dois clube e ter, também, um vocabulário menos complexo do que o oficial. Além disso, os hinos oficiais dos outros clubes cariocas também são ofuscados pelas canções de Lamartine, que compôs músicas para, além do Botafogo, América, Flamengo, Fluminense e Vasco.

Hino oficial do remo
O hino do antigo Club de Regatas Botafogo[54] foi escrito por Alberto Ruiz, que foi presidente deste clube em 1930. Este hino também é de pouco conhecimento dos torcedores, já que o remo, na consideração dos torcedores, é esporte de segundo plano do clube, tanto que o site oficial do Botafogo não disponibiliza a letra desta canção.

Mascotes

Estátua do manequinho.Manequinho
Ver artigo principal: Manequinho
Em frente a sede de General Severiano, encontra-se uma estátua apelidada de "Manequinho". Tombada em 2002 como patrimônio cultural, ela representa um menino urinando e é uma versão da estátua Manneken Pis, que enfeita uma praça de Bruxelas, na Bélgica. A estátua carioca é uma fonte, sendo possível a hidratação pela água do Manequinho.

Com 1 metro de altura, a estátua foi esculpida, originalmente, em 1908, por Belmiro de Almeida, e esteve instalada na praça Marechal Floriano, no Rio de Janeiro até 1927, quando foi transferida, por ser considerada uma afronta aos bons costumes,[55] para a praia de Botafogo, próximo a sede do Mourisco.

A imagem passou a ser relacionado ao alvinegro no Campeonato Carioca de 1957, quando um torcedor vestiu a estátua com a camisa do Botafogo. A partir daí, torcedores consideram-na como mascote e toda vez que o Botafogo é campeão a estátua é vestida novamente. Contudo, em 1990, a estátua foi roubada e destruída. Uma nova réplica, de autoria de Amadeu Zani, foi instalada e, em 1994, transferida para a praça em frente ao palacete de General Severiano.

Em 2008, após um ato de vandalismo de retirou a peça de seu órgão sexual, a estátua foi levada para restauração. Na data de sua recoloção, no início de novembro deste ano, o Botafogo assumiu a posse do monumento.[55]

Pato Donald
Lorenzo Mollas, chargista argentino que trabalhou no Rio de Janeiro nas décadas de 1940 e 50, vestiu o Pato Donald com a camisa do Botafogo nos anos 1940. Logo, a personagem de desenhos da Walt Disney foi adotada como mascote pela torcida. Mollas escolheu o Pato Donald porque ele reclama seus direitos, luta, briga e defende-se, como eram os dirigentes alvinegros da época, e, ainda, sem perder a sua elegância ao deslizar pelas águas, aludindo à prática do remo.

Cachorro "Biriba"

Biriba, novo mascote, que foi lançado em 2008 num par com Biruta.O presidente do Botafogo Carlito Rocha era um dos mais fanáticos torcedores do clube. Supersticioso e determinado, Carlito levou o vira-latas Biriba, que pertencia ao zagueiro Macaé,[56] a todas as partidas do Botafogo no Campeonato Carioca de 1948. Ele achava que o cachorro dava sorte e não aceitava o animal fosse barrado. A diretoria do Vasco tentou impedir a entrada de Biriba em São Januário. Porém, Carlito Rocha colocou o cachorro de baixo do braço e desafiou: "Ninguém impede o presidente do Botafogo de entrar onde quer que seja e quem estiver com ele entra, com certeza!" garantia Carlito. Com a presença de Biriba, em 19 jogos, o Botafogo venceu 17 partidas e empatou as outras 2 no Carioca de 1948 e sagrou-se campeão, após um jejum de 13 anos.

É a partir de Biriba que o cachorro foi adotado como mascote. Anos depois, o cachorro passou a ser um símbolo bastante admirado pelos torcedores alvinegros. A torcida Fúria Jovem, inclusive, divide seus grupos por "canis". As torcidas adversárias apelidaram, também, a torcida do clube de a "cachorrada".

Em 2008, a tradição foi revivida quando um cão, chamado Perivaldo - em homenagem ao ex-jogador do clube nos anos 1970 - entrou junto com time em uma partida da Copa do Brasil de 2008 levado por seu dono, um carioca e fanático torcedor botafoguense residente na Paraíba. Em suas costas negras, o beagle Perivaldo trazia uma marca de nascença em formato de estrela na cor branca, remetendo ao símbolo máximo do clube, a estrela solitária.[57] Neste mesmo ano, o clube lançou dois mascotes oficiais, chamados Biriba e Biruta, para se identificarem com crianças.[58]

O torcedor do Botafogo é frequentemente caracterizado como um indivíduo supersticioso. Isto se deve às místicas que foram criadas ao longo da história do clube, como o mascote Biriba, as lendas sobre a camisa 7 e as coincidências que já aconteceram com o clube. A torcida é relacionada também ao sofrimento, como era comumente descrita pelo cronista Nelson Rodrigues e pelas frases de conhecimento popular como: "tem coisas que só acontecem com o Botafogo" e "o Botafogo tem vocação ao erro". O jejum do clube de 21 anos sem títulos , assim mesmo o torcedor se manteve fiel e foi uma das torcidas q + cresceu nesse periodo .


Presidentes

Bebeto de Freitas, presidente do Botafogo entre 2003 e 2008.Ver página anexa: Anexo:Presidentes do Botafogo de Futebol e Regatas
O primeiro presidente do Botafogo Football Club, foi o jogador e fundador do clube Flávio Ramos em 1904. No Club de Regatas Botafogo, o cargo foi exercido em primeiro lugar por José Maria Dias Braga, que também foi fundador de seu clube.

Ao longo da história dos dois clubes, o cargo esteve sob o comando, entre outros dirigentes, de ex-atletas e figuras ilustres da sociedade carioca. Entre eles, destacam-se o escoteiro e ex-futebolista Mimi Sodré, do Football Club, e poeta Augusto Frederico Schimidt, presidente do Regatas e idealizador do processo de fusão dos dois clubes em 1942. Após a junção, um dos presidentes mais populares foi Carlito Rocha, místico e supersticioso, criador de frases históricas e do mascote Biriba. Carlito, que também já havia sido jogador e treinador do Botafogo, presidiu o alvinegro de 1948 a 1951.

Emil Pinheiro foi outro presidente que ficou muito marcado na história do Botafogo. O presidente, ex-bicheiro, ajudou a levar o alvinegro à conquista bicampeonato estadual de 1989 e 1990 e à final do Brasileirão de 92, ano em que renunciou ao cargo. Ele assumiu o comando do futebol alvinegro ao final dos anos 1980, contratando grandes jogadores para o clube que encontrava-se à beira da decadência. Após dois "mandatos tampões", Carlos Augusto Montenegro tornava-se presidente do Botafogo. Em sua gestão, além de o time ter se sagrado campeão brasileiro de futebol, o clube reconquistou a sede de General Severiano, que havia sido perdida em 1977.

Em 2003, Paulo Roberto de Freitas, mais conhecido como Bebeto de Freitas, assumiu o presidente do Botafogo. Bebeto, que foi atleta de vôlei do clube, sendo dez vezes seguidas campeão carioca pela modalidade com alvinegro, tomou o lugar de Mauro Ney Palmeiro. Bebeto teve como missão retirar o Botafogo da segunda divisão do futebol brasileiro logo em seu primeiro ano de gestão. Dentre seus feitos, organizou as dívidas do clube, além de ter criado a Companhia Botafogo, empresa que gere o futebol botafoguense. Reelegeu-se com apoio de Carlos Augusto Montenegro, da imprensa e da torcida no geral. Durante seu segundo mandato, que durou até 2008 o clube conseguiu a concessão do Estádio Olímpico João Havelange.

A partir de 2009, o dentista e professor universitário ......................................................, assumiu o posto de mandatário do alvinegro até 2011.

O cargo de presidente do Botafogo de Futebol e Regatas, de acordo com o estatuto vigente do clube, é escolhido pelos sócios da instituição através de voto direto e secreto. O mandato do presidente eleito é de três anos, com possibilidade de uma reeleição.

Grandes treinadores
Ver página anexa: Anexo:Treinadores de futebol do Botafogo de Futebol e Regatas
O Botafogo já contou, ao longo de sua existência, com uma enorme quantidade de técnicos em seu comando. O cargo foi exercido primeiramente por Octávio Werneck, em 1906, como chefe da comissão técnica. Até 1922, o Botafogo não possuia um treinador que comandasse a equipe sozinho. Era formada um comissão técnica encabeçada por indivíduos pré-determinados.

Na década de 1930, o húngaro Nicolas Ladanyi era o treinador botafoguense nas conquistas estaduais de 1930, 1932, 1933 e 1934, quando deixou a posição. Quem assumiu foi Carlito Rocha, que já havia sido líder de comissão técnica em 1917, ao lado de Oldemar Murtinho, e treinado a equipe em outras quatro ocasiões na década de 1920. Carlito comandou em 1935, na conquista do quarto título seguido de campeão carioca, e de 1936 a 1939. Carlito, que já havia sido também futebolista, viria também a ser presidente do Botafogo na década de 1940.


Zagallo foi um dos principais técnicos da história do Botafogo.João Saldanha, que também era jornalista, foi o técnico Campeão Carioca de 1957. Na década de 1960, destacaram-se Marinho Rodrigues, bicampeão Carioca em 1961 e 1962, Zagallo, campeão da Taça Brasil de 1968 e bicampeão carioca de 1967 e 1968. Além de Zagallo, o cargo também foi ocupado por uma série de ex-jogadores, como Paraguaio, técnico do primeiro Campeonato Brasileiro de Futebol em 1971, quando o Botafogo foi o terceiro colocado, e Sebastião Leônidas, treinador vice-campeão brasileiro de 1972. Além dos já citados, outros ex-jogadores que treinaram o alvinegro foram Carvalho Leite, Geninho, Martim Silveira, Sylvio Pirillo, Paulistinha, Joel Martins, entre outros.

Em 1989, quando o Botafogo pôs fim a uma sequência de 21 anos sem vencer o Campeonato Carioca, Valdir Espinosa era o treinador. Em outras conquistas importantes nos anos 1990, aponta-se Paulo Autuori, o técnico Campeão Brasileiro de 1995, e Carlos Alberto Torres, Campeão da Copa Conmebol de 1993. Torres também treinou a equipe alvinegra em outra situações, quando a mesma necessitava de escapar do rebaixamento no Brasileirão, em três oportunidades, entre 1997 e 2002. Nesta última, não conseguiu evitar o descenso do time que foi treinada a maior parte do campeonato por Ivo Wortmann. Em 2003, na Série B, Levir Culpi foi o encarregado de treinar o Botafogo que voltou à Série A.

Cuca foi um dos técnicos mais importantes da história recente do Botafogo. Chegou a ser considerado ídolo por dirigentes e torcedores e teve uma série de produtos lançados com seu nome. Cuca assumiu o cargo em maio de 2006 e ficou, inicialmente, até setembro de 2007. Chegou a pedir demissão, sendo substituído por Mário Sérgio por nove dias, até ser readmitido no cargo. Montou um time, apelidado de Carrossel Alvinegro em 2007, com um esquema tático ofensivo e de muita movimentação[77] que liderou o Brasileirão por 11 rodadas. O Botafogo de Cuca venceu a Taça Rio em 2007 e 2008, além da Copa Peregrino. Contudo, sua passagem ficou marcada pelos fracassos com o vice do Carioca de 2007 e 2008, as derrotas para o River Plate, na Sul-Americana, e nas semifinais da Copa do Brasil de 2007 e 2008, quando entregou o cargo ao fim de maio de 2008. Joel Santana é o atual treinador do alvinegro, estando no cargo desde 26 de janeiro de 2010, assumindo no lugar de Estevam Soares.

Grandes futebolistas
Ver página anexa: Anexo:Relação de futebolistas do Botafogo de Futebol e Regatas por ordem alfabética
Abelardo de Lamare
Afonsinho
Alemão
Alex Alves
Aluízio Pinto
Amarildo
Áttila
Basso
Baltazar
Bebeto
Brito
Cao
Carlos Alberto Dias
Carlos Alberto Santos
Carlos Alberto Torres
Carlos Roberto
Carvalho Leite

Didi
Dino da Costa
Dirceu
Djair
Djalma Dias
Dodô
Donizete
Ferretti
Fischer
Flávio Ramos
Garrincha
Geninho
Gérson
Gérson dos Santos
Gil
Gilbert Hime
Gonçalves
Heleno de Freitas
Jairzinho
Jefferson
Joel
Josimar
Juninho
Juvenal
Leandrão
Leandro Ávila
Leônidas
Leônidas da Silva
Loco Abreu
Maicosuel
Manga
Marinho Chagas
Martim Silveira
Maurício
Mauro Galvão
Mendonça
Mimi Sodré
Mirandinha
Moreira
Neco Soares
Nei Conceição
Nilo
Nílson Dias
Nílton Santos
Octávio Moraes
Osmar
Osvaldo Baliza
Pampolini
Paraguaio
Pascoal
Patesko
Paulinho Criciúma
Paulistinha
Paulo César Caju
Paulo Sérgio
Paulinho Valentim
Perácio
Perivaldo
Pirillo
Quarentinha
Renato Gaúcho
Renato Sá
Rildo
Roberto Miranda
Rodrigo
Rodrigues Neto
Rogério
Rolando de Lamare
Sandro
Sérgio Manoel
Sinval
Sylvio Pirillo
Túlio
Túlio Maravilha
Ubirajara Mota
Valdeir
Valdo
Victor
Wágner
Waltencir
Wendell
Wilson Gottardo
Zagallo
Zé Carlos
Zé Maria
Zequinha
Zé Roberto


[editar] Galeria de Ídolos
Carvalho Leite Conquistou o Tetra-campeonato com Botafogo em 1930,1932,
Mané Garrincha ídolo Importante na História do Botafogo
Jairzinho em 1974 Ídolo importante na história do botafogo
Mimi Sodré, Craque do Botafogo na época do Football

Túlio Maravilha Jogador do Botafogo. Foi campeão do brasileirão de 1995
Loco Abreu recém chegado ao Botafogo e já tem título
Nilton Santos jogou 16 anos no Botafogo
Quarentinha Craque do Botafogo

Paulinho Valentim Craque Do Botafogo
Leandro Guerreiro Craque do Botafogo e fez parte do time campeão da Taça Guanabara de 2009
Maicosuel campeão da Taça Guanabara de 2009


[editar] Estatísticas do futebol

Partida do Botafogo pelo Campeonato Brasileiro de 2009.Ver página anexa: Anexo:Estatísticas do Botafogo de Futebol e Regatas
Ver página anexa: Anexo:Lista de jogos históricos do Botafogo de Futebol e Regatas
O Botafogo é o detentor de algumas marcas e recordes dentro do futebol brasileiro, como a maior goleada da história no país, 24 a 0 sobre o Mangueira, a maior sequência invicta do futebol do Brasil, 52 partidas sem derrotas, marca que foi igualada pelo Flamengo posteriormente, e do Campeonato Brasileiro, 42 jogos. O clube também foi a entidade que mais cedeu jogadores para a Seleção Brasileira no geral e em Copas do Mundo.

Concernentes ao Botafogo exclusivamente, marcas que se destacam são as de Quarentinha, futebolista que mais gols marcou pelo alvinegro, 306 tentos em 444 atuações, Nílton Santos, jogador que mais vezes entrou em campo pelo Botafogo, 723 partidas entre 1948 e 1964, o único clube em que Nílton atuou, e Manga, que com 19 títulos foi o jogador de futebol que mais vezes foi campeão pelo clube. Entre outras marcas, o ex-atacante das década de 1920 e 30 Nilo detém a melhor média de gols da história do Botafogo. Ele fez 190 gols em 201 jogos, média de 0,94 gols por partida.

O clube também é o clube do Rio de Janeiro que mais fez partidas contra adversários estrangeiros, 488 até setembro de 2007, e que mais fez artilheiros no Campeonato Carioca, 29 até 2007. O Botafogo também foi o primeiro clube terminar a primeira fase da Copa Libertadores da América invicto, em 1963, quando chegou até às semifinais sem derrotas. O maior público em uma partida do time foi em 15 de junho de 1969, numa preliminar de um Fla-Flu que decidiria o Campeonato Carioca daquele ano, contra a Portuguesa da Ilha, quando 171.599 foram à partida. Sendo o jogo principal, em um duelo contra o Flamengo em 29 de abril de 1979, 158.477 pessoas foram assistir o recorde botafoguense de público no Maracanã. Em partidas contra equipes de fora do Rio de Janeiro, o maior público foi 101.581 espectadores, em 27 de Junho de 1999, na final da Copa do Brasil, contra o Juventude (RS). Esta partida também foi a última vez na história que o Maracanã recebeu um público acima dos 100.000 espectadores.[/b]

Botafogo de Futebol e Regatas
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